Na última edição de 2018, o JORNAL DO BURITIS trouxe uma reportagem super especial mostrando o que poderia ser feito para dar uma nova vida aos animais abandonados nas ruas do bairro e região. E, com todos os questionamentos realizados, chegamos à conclusão de que a adoção, além de um grande gesto de grande amor, é a principal solução para o problema. No entanto, adotar um animal de estimação implica uma série de responsabilidades.
Não se trata de um brinquedo, que depois de a criança enjoar se joga fora! Por esta razão, é preciso que se tome algumas importantes atitudes assim que decidir pela adoção, sendo a principal delas levar o animal ao veterinário. Seja um filhote ou um animal adulto, o controle da saúde é fundamental desde o primeiro momento em que ele entrar em sua vida.
Dentro das possibilidades, o ideal é que ele seja levado à consulta antes mesmo que entre no novo lar. Na primeira visita, o veterinário fará um check-up geral do estado de saúde do pet. “Será verificada a temperatura, estado nutricional, frequência cardíaca e respiratória, dentre outros. Além disso, a realização de exames de sangue e fezes, para saber se tem alguma doença, e a aplicação de todas as vacinas”, explica Laís Ribeiro, médica veterinária do consultório VetsPet, aqui no Buritis.
Além de dar ciência ao dono sobre toda a situação clínica do animal, o profissional também passará importantes orientações sobre como ele deverá proceder na criação. É bastante comum vermos pais que, por quererem agradar seus filhos, acabam adotando um animal sem antes pensar em todos os prós e contras dessa atitude. As famílias têm que
colocar o planejamento à frente da empolgação de ter um novo morador em casa. “Tem que pensar que ali está sendo feito um sério compromisso, que pode durar muitos anos. Ter um animal é sinônimo de amor e carinho constantes, mas, também, cuidados especiais e gastos extras”, diz Laís, ressaltando que a castração é sempre indicada aos animais que estiverem aptos a passar pelo procedimento.
Nova fase
A médica veterinária explica que, no caso do cachorro, é possível que ele se adapte facilmente a um novo dono, mesmo quando já é adulto. O cão tem memória auditiva, visual, olfativa, de comportamento, sem contar que mantém fidelidade aos donos. O processo de adaptação a um novo lar pode ser facilitado se o novo dono procurar saber como ele vivia anteriormente e criar um ambiente semelhante. “É preciso saber trabalhar com essa adaptação. Em animais mais novos, a moldagem é mais rápida e mais fácil", finaliza Laís.