Ser mãe não é uma decisão fácil. Planejamento da gravidez passa por preparação física e psicológica; Testes de fertilidade podem auxiliar a definir o melhor momento e os melhores métodos para a gestação. Veja na reportagem algumas opiniões sobre as necessidades e os preparativos para a maternidade.
A maternidade é uma das representações mais fortes da mulher, estando cercada de inúmeros debates sobre o melhor momento para se ter um filho – seja no âmbito social, físico ou psicológico. Independentemente do tempo, da forma ou da situação pela qual a mulher passa, aquelas que optam pela maternidade têm hoje à disposição diversas opções de exames que a ajudam a definir os melhores métodos para a gestação e para o parto.
“Escolher o melhor momento para ser mãe e a forma como deseja essa gravidez é um direito da mulher e deve ser respeitado. O papel do médico é orientá-la e assisti-la em sua decisão, para que ela possa viver essa experiência em toda a sua plenitude”, destaca o médico obstetra Hemmerson Magioni, fundador do Instituto Nascer.
São vários os fatores que devem ser levados em conta na hora de planejar uma gestação. Dentre eles, está um teste simples que marca o índice de fertilidade da mulher: o hormônio anti-Mülleriano (HAM). O HAM é uma substância produzida pelos folículos ovarianos e seus níveis são detectáveis por exame de sangue específico. Quanto maior o número de ovos restantes nos ovários, maior o nível de HAM que será mostrado na corrente sanguínea.
“Um nível baixo é considerado um sinal de baixa reserva ovariana, ou seja, poucos folículos remanescentes. Isso seria normal para uma mulher que está se aproximando da menopausa. Da mesma forma, uma mulher com síndrome do ovário policístico, caracterizada pela presença de muitos pequenos folículos ovarianos, normalmente apresentaria níveis elevados de HAM”, explica o gerente técnico do Laboratório Lustosa, Adriano Basques.
De acordo com Basques, o hormônio anti-Mülleriano é particularmente útil como marcador endócrino para avaliar o declínio relacionado à idade da reserva ovariana e, consequentemente, sua capacidade de predizer a expectativa de vida reprodutiva futura. Ele alerta, porém, que níveis baixos de HAM não equivalem, necessariamente, a um diagnóstico de infertilidade, mas apenas a um declínio no nível de fertilidade, uma vez que não diz nada sobre a qualidade dos folículos. Outros fatores como idade, estado geral da mulher, órgãos reprodutores, entre outros fatores devem ser avaliados na investigação da infertilidade.
Além da medição da HAM, a avaliação de hormônios como o FSH, LH e Estradiol auxiliam os médicos a avaliar o nível de fertilidade da mulher e a probabilidade de concepção natural. Outra função muito importante do teste de HAM é que ele é um indicador importante da eficácia potencial do tratamento de fertilidade assistida. Isso porque fornece uma avaliação da provável resposta ovariana à estimulação hormonal.
Plano de parto
Diante de tantas opções e das altas taxas de cesariana no Brasil, o Instituto Nascer adota, desde a sua fundação, em 2014, o Plano de Parto e Nascimento como forma de garantir à mulher um parto menos intervencionista. Esse documento deve ser elaborado pela mulher grávida após receber informações sobre todos os procedimentos inerentes ao parto, podendo esta optar pelas alternativas de assistência dentro das boas práticas da medicina. “Mais do que um processo de reflexão e compreensão do parto, o Plano de Parto é uma ferramenta importante na preparação da mulher, reduzindo os medos que envolvem o procedimento e trazendo ainda mais segurança para o nascimento do bebê”, destaca o Dr. Hemmerson Magioni.
“É imprescindível propiciar à paciente um ambiente acolhedor, no qual o médico se esforce em conhecer as suas preocupações. Devemos ajudar a mulher a definir aquilo que é importante para ela, respeitando suas escolhas e garantindo um ambiente em que ela se sinta confortável e segura”, conclui.
