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PANDEMIA PROVOCA CENAS DE INTOLERÂNCIA ATÉ NO COMÉRCIO


Publicado em 09/09/2021

            A cada dia que passa observarmos que as  consequências da Covid-19 para a sociedade são bem mais profundas do que o imaginado. O novo estilo de vida ao qual fomos obrigados a seguir, com a perda da liberdade de ir e vir, o afastamento do convívio com familiares e amigos, foram situações que geraram reações de raiva, tristeza, desesperança, ansiedade, irritabilidade, passando a afetar diretamente a funcionalidade do indivíduo. Diante de tantas mudanças e do pouco tempo para ajustes, as alterações de comportamento são observadas também no meio comercial. 

             As exigências da vigilância sanitária na tentativa de controlar a disseminação da doença, determinando regras, despertaram em muitos clientes, proprietários e funcionários episódios de impaciência, intolerância e até mesmo falta de educação.  Aqui no Buritis, infelizmente, alguns casos de abordagem agressiva a vendedores foram registrados em lojas.

            A psicóloga Fabiana Gomes é especialista em terapia cognitivo comportamental, neuropsicologia e psicopedagogia. De acordo com ela, fazer psicoterapia pode ser uma grande alternativa para mudar este cenário de agressividade, que atinge inclusive o comércio, uma vez que é  um importante investimento no autoconhecimento em tempos tão difíceis das pessoas se relacionarem. 

            "Variadas são as situações, mas o mais importante nesse momento é conscientizar a população que os casos de transtornos mentais aumentaram significativamente, justificando, assim, a falta de controle emocional, a incapacidade de lidar com o outro, a intolerância, cercada de tristeza e insegurança diante de um futuro incerto. A vacina traz um pouco de conforto, mas sabe-se que não resolverá todos os problemas".

             A especialista dá algumas dicas para aumentar o bem-estar nestes tempos de isolamento social como: fazer um planejamento de rotina; atividade física com regularidade; dormir e se alimentar bem; aproveitar o tempo para aprender coisas novas. "Faça atividades que são prazerosas como meditar, ouvir música, ler livros, assistir a filmes, fazer cursos, entre outras coisas. Pratique a gratidão, faça pequenas pausas durante o trabalho. Caso necessário, procure ajuda de um psiquiatra e faça terapia".

           Fabiana finaliza ressaltando que, em  meio a essa readaptação, pessoas sofreram prejuízos econômicos, perderam emprego ou tiveram seu salário reduzido. Perdas ainda mais significativas com a de entes queridos sem direito a um ritual de despedida.  Mas é preciso agradecer pelos sobreviventes, embora muitos tenham sido afetados e estejam lutando contra as sequelas ocasionadas no sistema nervoso central. 

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