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NÃO ACONTECE SOMENTE NA AMAZÔNIA


Publicado em 10/09/2019

 

            O grande assunto no país recentemente foram as grandes queimadas na Floresta Amazônica. Discussões e opiniões a respeito do tema aconteceram em todos os níveis, desde junto às principais autoridades do mundo até nas mesas de boteco. E a gente faz uma reflexão: será que antes de saber o que anda acontecendo pela Amazônia não seria interessante observar o nosso "quintal"? Infelizmente, assim como lá, as queimadas nas matas dos parques e demais áreas verdes da nossa região também continuam com grande incidência.

            Gerente da coordenação dos parques e praças da Regional Oeste, Edanise Guimarães relata que as matas de locais como o Parque Aggeo Pio Sobrinho e o Jacques Custeau, no vizinho Betânia, constantemente são alvos de queimadas. E, para sua maior tristeza, todos eles por culpa do ser humano. "Neste período de estiagem, com fortes ventos, qualquer faísca pode provocar um incêndio de grandes proporções".

            Segundo Edanise, ainda existem muitas queimadas ocorridas de forma proposital. No entanto, muitas outras acontecem por descuido ou mesmo desinformação do homem. "Tem gente que vai colocar fogo nas folhas da calçada, no lixo, achando que é uma coisa normal, mas aí uma faísca voa e vai até a mata e dali começa o incêndio. Tem pessoas que fazem trabalhos religiosos com velas dentro do parque. Outros acham que o cigarro está apagado e os jogam no mato. São muitas as ações que acabam por causar o incêndio".

Conscientização

            Edanise trabalha há 35 anos em defesa do meio-ambiente. Durante todo este tempo, observou grandes avanços no que diz respeito à preocupação com a natureza. Contudo, quando o assunto são as queimadas, ela não viu nenhuma melhora. Esse ano, o Parque Aggeo ainda não foi vítima de incêndio, mas algumas áreas verdes do bairro, sim. Já o Jacques Custeau sofreu com dois incêndios. Na região Centro/Sul, a Serra do Curral também foi alvo. Porém, apesar da tristeza, se alegra ao ver que não está nesta luta sozinha.

            Na nossa região existem grupos de brigadistas que estão sempre a postos para ajudar a combater o fogo. A ambientalista conta que o grupo fica atento. Ao sinal de uma fumaça já procura saber onde está ocorrendo a queimada e aciona os bombeiros ou os próprios brigadistas através do whatsapp. "Quando bate o desespero de ver o fogo a gente não pensa, já sai entrando na mata na tentativa de apagar. Um trabalho de herói em prol da nossa fauna e flora".

            Para Edanise, fortalecer a educação ambiental é a única forma de mudar este cenário. "Temos que ser multiplicadores. Educação ambiental devia se tornar matéria escolar. Não se pode falar somente nesta época, somente porque a Amazônia virou pauta. Tem que ser o ano todo", desabafa.

Mudando de assunto

            Quem passou em frente ao Parque Aggeo Pio Sobrinho nos últimos dias percebeu que ele está de cara nova. A fachada, tanto externa quanto interna, foi totalmente pintada. O verde substituiu o tradicional laranja. Contudo, não foi apenas a pintura que mudou no parque. Os bebedouros também foram trocados.

            Além disso, houve uma importante mudança no serviço. O Aggeo não abre mais os portões às segundas-feiras. O dia ficou reservado para uma manutenção mais assídua. "Quem frequenta percebeu que o parque está bem mais limpo. Agora, por exemplo, os banheiros podem passar por uma grande limpeza. Antes, era impossível com pessoas entrando e saindo o tempo todo. Com certeza está um local muito mais agradável para visitar". 

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