A chegada da vacina contra a Covid-19 no Brasil, realmente, foi uma notícia que fez acender um fio de esperança por dias melhores. Contudo, a tão sonhada dose não chegará a todos neste momento. Uma lista de prioridades foi criada e deverá, ou pelo menos deveria, já que estamos acompanhando diversos casos de "fura-filas" pelo país, ser respeitada. Porém, uma possibilidade que surge, neste momento, de imunização de pessoas que não fazem parte desta lista, seria a vacina particular, que não se trata de burlar as regras, mas sim, um complemento ao serviço que está sendo oferecido pelo sistema público de saúde. A notícia é de grande impacto no Buritis, uma vez que nosso jovem bairro tem uma forte característica desse tipo de público não preferencial.
Dentre os diversos laboratórios privados que já demonstraram interesse em adquirir a vacina contra o Coronavírus está o Hermes Pardini, que inclusive conta com uma unidade aqui no Buritis.
Marilene Silva é gerente médica do Hermes Pardini e presidente da Regional Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Imunizações. De acordo com ela, todos os laboratórios somente irão trabalhar com vacinas que tiverem sido aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No momento apenas dois tipos de vacina foram aprovadas e elas são de uso exclusivo do programa nacional de imunizações. A empresa indiana Bharat Biotech, que está produzindo a vacina Covaxin, já demonstrou a intenção de comercializar o produto no Brasil. No entanto, é preciso fazer o pedido junto ao Ministério da Saúde e este precisa e ser aprovado.
“Ainda não sabemos como será essa liberação e nem mesmo se haverá essa liberação para comercialização da Covaxin no Brasil. Não existe ainda uma previsão, porque ainda não está sendo negociado. Aguardamos os próximos passos. Somente serão comercializadas as vacinas aprovadas pela Anvisa e só nesse momento teremos datas e até mesmo valores para informar”.
Marilene faz questão de ressaltar que o Hermes Pardini e demais laboratórios particulares querem trabalhar complementando o que hoje o programa nacional de imunizações já realiza. “O objetivo é atender o público que não está sendo visado, que não está programado para ser atendido pelo SUS. Isto desde que não prejudique em nada o programa nacional de vacinação, inclusive com o uso controlado de insumos, como seringas e agulhas. O objetivo das clínicas, como sempre foi, é de contribuir com o programa nacional de vacinação”, garante.
