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INJETANDO ALGUMAS DOSES DE ESPERANÇA


Publicado em 09/02/2021

              A notícia mais aguardada pela maioria dos brasileiros nos últimos tempos, enfim, chegou! No último mês de janeiro o país começou a receber as primeiras doses da vacina contra a Covid-19. Seguindo uma ordem natural, neste primeiro momento os profissionais que atuam na linha de frente no combate à doença estão sendo priorizados. No Buritis, contamos com a presença de alguns destes grandes profissionais, verdadeiros heróis, que nos contaram a emoção deste momento e, claro, o que esperam daqui em diante.

            Moradora na Rua Engenheiro Alberto Pontes, a médica intensivista Marcela Rangel de Castro trabalha há cinco anos como coordenadora do CTI geral do hospital do IPSEMG e nos últimos 11 meses recebeu a árdua missão de também coordenar o CTI Covid daquela instituição. De acordo com ela, esse tempo trabalhando na linha de frente no combate à doença foi o mais desafiador de sua carreira. “Tivemos que lidar com o medo de adoecer, de transmitir a doença para os nossos familiares, com a distância, com a angústia e frustração de perder pacientes, com o cansaço e esgotamento emocional e físico”.

             Marcela foi uma das primeiras profissionais a receber a primeira dose da vacina na capital, no dia 20 de janeiro. Ela ressalta que a vacinação dos profissionais da linha de frente é apenas o primeiro passo. O início do longo caminho que temos que percorrer no combate a esta pandemia, mas que, sem dúvida, simboliza a esperança de dias melhores. “Recebemos a primeira dose da vacina para seguir trabalhando na assistência aos pacientes, dos seus familiares, para diminuir os desfalques e burnout das equipes e para proteger a nossa família”.

           Após a imunização dos profissionais da saúde, serão contempladas as pessoas dos grupos de risco, como os idosos e portadores de doenças crônicas. “Mas é importante salientar que para que a vacinação seja eficiente no combate à pandemia, é necessário que ocorra grande adesão por parte da população ao programa de vacinação, assim como a manutenção das medidas de isolamento social, higiene das mãos e uso de máscaras”, destaca a especialista.

Muita emoção

            “Fiquei muito emocionada, muito feliz! Não consegui nem dormir na noite anterior”. Foi desta forma que se iniciou o relato à nossa reportagem da médica /pneumologista pediátrica Juliana Alves Hoehne Diniz.

            Depois de um ano de muitas incertezas e apreensões, convivendo com o medo diário, a moradora na Rua Pedro Natalício de Morais diz que a sensação agora é de grande alívio e, principalmente, de renovação das esperanças. “Como várias pessoas disseram, é o início do fim. Uma tentativa de retorno à vida normal. Aquela vida que nos trazia carinho, amor, conforto”.

           Juliana diz que já se sente como parte da história. Uma história de luta, de grandes perdas, mas com um final feliz. “Quero contar para minhas filhas o que passamos, como a batalha foi árdua e sofrida, mas, que no fim, vencemos”.

Aos negacionistas

             A médica pediátrica faz questão de ressaltar que acredita na ciência e na medicina baseada em evidências. As vacinas disponibilizadas são seguras e eficazes para controle dos quadros graves. No entanto, mesmo após as duas doses, ainda deve-se manter o distanciamento social, evitar aglomerações e usar máscaras. Tudo isso para proteger quem ainda não pode se vacinar. “Tenho a esperança que toda a população, não apenas o grupo de risco inicial, seja vacinada até o final do ano. O comércio seja reaberto sem medo. As escolas voltem a funcionar o mais rapidamente possível”.

               Independente de posições políticas, Juliana acredita que a vacina garantirá a segurança que buscamos para voltar à vida normal. “Vidas foram ceifadas. Famílias perdendo alicerces, mães perdendo filhos, hospitais perdendo profissionais brilhantes. Tudo isso sem poder, ao menos, se despedir de forma digna dos seus entes queridos. A vacina é uma gota de esperança”.

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