Frederico Madrona Scherer Haas tem apenas 17 anos e cursa a 3ª Série do Ensino Médio. Amante de música, o estudante criou a banda Bomb (cover da banda norte-americana Rage Against The Machine). Motivado por causas sociais de impacto, Frederico juntou-se a outros jovens do Loyola para idealizar o evento, marcado para o 19 de setembro, às 18h, no Teatro Pe. Francisco Rigolin, dentro do Colégio.
O aluno já participou das ações do Voluntariado Educativo do Colégio e se viu nesta nova missão humanitária: “Além de eu poder mostrar o meu trabalho e a minha música, estarei ajudando outras pessoas. Reuni músicos conhecidos entre nós e concretizamos a ideia. Já visitei creches e dei suporte a pessoas em situação vulnerável em visitas ao Hospital Luxemburgo, por exemplo. Essas ações me fizeram uma pessoa mais humana, com potencial de ajudar o próximo e capacidade para articular ações sociais”.
A atitude de Frederico consolida a formação humanizada proposta por meio dos programas educativos e das campanhas sociais, as Preferências Apostólicas da Companhia de Jesus e a mensagem do Papa Francisco ao Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que será celebrado no dia 29 de setembro, dez dias após o festival.
A questão imigratória é uma situação que envolve todos os grandes países desenvolvidos. Próximo do Brasil, a Venezuela atravessa, há cerca de seis anos, uma das maiores crises políticas, econômicas e sociais de sua história. Motivados pela escassez, insegurança, falta de serviços de saúde e até carência de medicamentos, mais de 3,4 milhões de venezuelanos já deixaram o país segundo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). Sem recursos para se reestabelecer de forma independente, eles contam com a ajuda de ONGs e projetos sociais do governo. Em Belo Horizonte, uma das maiores instituições que acolhe refugiados é o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR-BH). Somente no ano passado, foram cerca de 1.900 auxiliados.
Para Wanderlay Balsamão, diretor de Formação Cristã do colégio, o papel do Loyola enquanto instituição Jesuíta é formar pessoas que tenham cuidado com o próximo, entendam o contexto global e tenham habilidade para realizar intervenções sociais. Esse direcionamento, que engloba todas as instituições da Rede Jesuíta de Educação, é, para Balsamão, uma oportunidade de educar pessoas integralmente: “Ser um cidadão do mundo é identificar problemas que afetam a sociedade como um todo e ter a capacidade de propor soluções com empatia”. Somente em 2018, o Colégio Loyola realizou cinco ações em prol dos refugiados, com campanhas de arrecadação de donativos, doações de utensílios para a acolhida de refugiados venezuelanos no processo de interiorização em Belo Horizonte e apoio para empregar refugiados desempregados, por exemplo. No entanto, esta iniciativa nasce espontaneamente de um estudante do colégio. “Isso reforça que a nossa formação está sendo efetiva”, finaliza o diretor.
Os ingressos para o Loyola Rock Festival Solidário já estão à venda e custam R$18 cada. No line-up, Dani Gentil, estudante da 2ª Série do Ensino Médio do colégio, abrirá o evento com clássicos de pop e rock. Em seguida, a banda convidada, Plano B, alterna entre o rock dos anos 90 e o contemporâneo, além de músicas autorais. Jimmy Hendrix, Red Hot Chilli Peppers, Foo Fighters e Arctic Monkeys são as bandas que influenciaram o setlist do evento. A banda Bomb encerrará o evento, com canções próprias. Nos intervalos dos shows, haverá espaço para que venezuelanos acolhidos pelo SJMR-BH também façam demonstrações musicais.