A turma que cuida do meio ambiente do nosso bairro está cada vez mais ativa. A mais recente ação aconteceu no último dia 16 de outubro, com a realização do primeiro Agrofloresta às margens do Córrego Ponte Queimada e Cercadinho.
Agrofloresta é um movimento mundial e que vem crescendo muito no Brasil nos últimos tempos. O objetivo é plantar sementes não transgênicas e sem uso de agrotóxicos em diversas áreas, inclusive urbanas. Este seria um novo mecanismo para combater a fome no planeta.
No Buritis, a semente escolhida para o plantio foi a de milho. A ideia principal também é alimentar, porém, em vez de pessoas, matar a fome dos animais silvestres que abrigam nossa região.
Ambientalista, Carla Magna é a coordenadora do projeto. De acordo com ela, a região conta com muitas aves silvestres como seriemas e jacuguaçus, que andam em bandos e ficam nas copas das árvores comento sementes. "Eu observava muitas destas aves no chão e sozinhas, em um comportamento estranho. Temo que seja por fome e solidão. Espero que esta iniciativa mude este cenário".
A ambientalista ressalta que este plantio também é importante para tratar a terra, seja evitando pragas, ou mesmo como uma função filtrante, que ajuda no combate à erosão do solo. "Somente neste local em que fizemos o plantio existem três nascentes à beira do Córrego do Cercadinho, que serão protegidas com esta ação".
O período de plantio é curto e sempre na lua crescente. O grupo está precisando de ajuda. Quem puder contribuir basta entrar em contato pelo telefone 9 88430534 ou através do Instagram: @ cercadinho_pontequeimada. O projeto também está retirando bota fora dos leitos. Isso tem ajudado a evitar inundações. "Até o momento o apoio recebido é só de outros movimentos sociais, não existe ajuda governamental, nem de empresários ou políticos", garante.
No dia da ação também foi realizada uma apresentação “ecoliterária”, quando estiveram presentes a escritora Heloisa Helena, que fez o seu primeiro poema do Córrego Ponte Queimada, e seu marido, o artista plástico Wander Lara. O casal é o responsável pela elaboração da biblioteca comunitária que existe às margens do Cercadinho.