A chegada ao último ano do chamado Ensino Médio significa também a necessidade de escolher uma profissão. Uma decisão muito difícil para muitos jovens, principalmente porque o número de profissões aumenta constantemente e o mercado de trabalho torna-se cada dia mais exigente e competitivo. Nessa época o jovem está definindo sua identidade e querendo estabelecer o que quer ser na idade adulta. Para isso será necessário que conheça suas capacidades, seus interesses e sua motivação. É aí que a orientação profissional pode ser de grande ajuda, facilitando esse momento de escolha, auxiliando compreender os vários fatores a considerar como: aspectos pessoais, familiares e sociais. Conhecendo todas essas variáveis ele terá mais condições para definir melhor sua escolha.
No Buritis, o SEB Unimaster é um grande exemplo de como a escola pode ser fundamental no sucesso da escolha da profissão. A instituição de ensino desenvolve projetos que possibilitam que os estudantes se sintam protagonistas da própria vida, analisando situações, tomando decisões e assumindo riscos, redimensionando projeções, planos traçados e propósitos estabelecidos.
“Temos como exemplo o LiteraSEB, a Mostra de Profissões, a Simulação Onu, dentre outros. Nosso objetivo é auxiliar os estudantes na solução das dificuldades que encontram ao encarar a definição de sua profissão, levando-os à escolha equilibrada de uma carreira. Diminuir a desistência do curso escolhido durante os primeiros anos da universidade, evitando o sentimento de fracasso, o desgaste de tempo e investimento. E ainda, apresentar a realidade do mercado de trabalho e as mudanças que as profissões estão passando”, explica Eliane Veloso, diretora geral das unidades SEB/Unimaster – BH.
De acordo com Eliane, a equipe pedagógica do SEB/Unimaster, por meio das orientadoras educacionais, utiliza ferramentas tecnológicas para apoiar e agregar este trabalho de orientação vocacional, bem como parcerias com universidades e faculdades. “Entendemos que as tecnologias se constituem como técnicas em movimento e produzem respostas associadas ao atual estatuto epistemológico das ciências, espelhando uma forma de interagir com o mundo que vem se traduzindo por meio de objetos tecnológicos. Temos vários exemplos de alunos que se encontravam indecisos na escolha da profissão e a partir da participação em nossos projetos conseguiram se definir. Hoje, estão na faculdade, no curso que escolheram, e felizes".
Desafios
Para a diretora, o maior desafio encontrado pelos jovens neste importante momento de escolha é a pressão externa, a social. Isto os deixa inseguros e indecisos. “Diante dessa realidade, nosso propósito é o de auxiliar nossos estudantes a conhecerem melhor suas habilidades e interesses e amenizar conflitos. Com esse suporte da escola, os estudantes sentem-se amparados para discutir as oportunidades profissionais”.
A escola tem que estar sempre atenta para acolher diferentes identidades e explorar diversificados contextos culturais. Dessa forma, seus trabalhos promovem, orientam e potencializam a construção de um projeto de vida. “Incentivamos nossos alunos desde a infância a fazer diferença no mundo. Valorizamos ações que despertem novos pensamentos ou ideais e fazeres, proporcionando questionamentos e alimentando um ciclo de reflexões criativas e dos posicionamentos críticos perante as questões do mundo”, revela.
Há fatores determinantes na vida do jovem para a escolha profissional e que certamente têm influência do meio, tais como políticos, econômicos, sociais, educacionais, psicológicos e familiares. As relações interpessoais positivas com colegas e professores também viabilizam suas influências nas opções profissionais dos adolescentes. ”Para nós, a aprendizagem é mais do que aquisição ou apreensão da rede de conhecimentos conceituais socialmente considerados relevantes e organizados nos componentes curriculares. É, sobretudo, a modificação desses conhecimentos, criação e invenção de outros necessários para entender aquilo a que damos o nome de realidade”, define a diretora.